... e mesmo sem ter o dom da escrita, atrevo-me a tal.

...e como são lindas as letras, as pontuações, as frases, os versos. Amo essa leve magia, que chama-se escrever!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Chuva


Hoje a chuva molhou meu rosto.
Fez meu corpo sentir frio,
Um frio que parecer ter vindo de dentro da minha alma.


A chuva que faz renascer a terra seca,
Que reabastece os rios,
É  a mesma chuva,

Que faz o corpo humano sentir vontade
De dormir mais um pouquinho.

Esta chuva tão por mim admirada,
Traz lembranças,
Traz saudades.

Nesses dias de chuva,
Sozinha em casa deitada sobre a cama,
Meu corpo sente falta,
Uma falta tão dolorosa do corpo dele,
Como se seu corpo fosse o combustível para manter o meu funcionando.

E esse frio traz lembranças, muitas lembranças...
Foram tantas as vezes que a voz dele aqueceu meu coração.
Por isso amo esta chuva!
Gosto de esta aqui para vê-la,
Para senti-la sobre mim,
Ou somente para ouvi-la caindo sobre o telhado do meu quarto.
Queria poder curti-la ao lado dele,
Dele que me aquece mesmo estando longe.
Mas, eu queria mesmo era curti-la deitada sobre o seu corpo,
Sobre aquela pele morena,
Sentindo o cheiro afrodisíaco que ele têm.


Eu aqueceria seus pés,
Entrelaçaria suas pernas nas minhas.
Segurando sua mão...
Ficaria ali sobre a cama,
Nem que fosse para somente admirá-lo.

E eu sussurraria ao seu coração o quanto lhe quero bem!

Ah! Chuva,

Chuva que traz tanta saudade,
Tantos desejos...

Querida chuva,
Lave este meu corpo.
Tire de mim o cheiro dele!
Tire a falta que sinto de cada pedaço daquele corpo ludibriador!
Faça-me renascer de novo.
Renascer para um futuro qualquer,
Bem longe dessas exorbitantes lembranças.

Ludiane Alves

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O fim


O fim é o resultado da falta de tudo o que estava sobrando no começo.
Quando começamos um relacionamento, sobram tantas coisas.
Sobra vontade de estar junto.
Sobra vontade de ficar olhando e achando sempre linda a pessoa amada.
No começo tudo sobra.
Sobra paciência, tesão, gargalhadas, conversas infinitas e sem sentido ao telefone.
Sobra tempo para estar junto fazendo sei lá o quê.
Sobra deslumbramento, paixão, disposição para praticar o ato de fazer amor.
Sobra orgasmo, sobra excitação para esperar a próxima vez!
Sobram tantas coisas boas, tantos bons sentimentos...
Mas com o tempo eles vão se esgotando, como tudo nessa vida louca.
Sabe aquele biscoito que você acha delicioso?
Você abre o pacote, começa a degustar o primeiro biscoito, pow... O gosto de quero mais persiste, aí, você come o outro,mais o outro, e assim vai,sempre ainda sobrando na boca o desejo por mais um.Porém é verídico,não dá para não admitir, por mais que você adore o biscoito,tente comê-lo todos os dias, um após o outro, comendo,-o, deliciando-o a cada dia consecutivo, você perceberá que o seu paladar se acostumará com o sabor do biscoitinho adorável e passará a não querer mais degustá-lo com tanta vontade e apreciação.
E você começará a evitá-lo, não porque deixou de gostar dele, não! Não por isso,é simplesmente porque todas as sensações que estavam sobrando lá no começo, da abertura do primeiro pacote, chegaram ao seu fim.
Todas as boas sensações! Sim todas, todas se esgotaram!
Não porque você desejou que fosse assim, mas porque a vida tem dessas coisas, mudar constantemente.
E quando a vida resolve mudar, é chegada a hora do fim.
Do fim de todas as sensações maravilhosas, românticas, alegres, lá do começinho.
Quando você percebe, já não há mais tempo para conversas ao telefone.
Não tem mais paciência para esperar, e sequer consegue perceber quando o seu amor está "arrumadinho”, agora só as imperfeições são notadas.
O tesão, aquele tão forte, tão insensato, tão inexplicável, se dilui sem você se dar conta, e o sexo passa a ser praticado só de vez em quanto, e bem rápido, só para não perder o costume ou para extravasar as emoções.
Aí o fim... é inevitável!
Não adianta fugir. Um dia ele chega.
Um dia as sobras do começo, acabam dando lugar ao vazio chamado fim, e tudo acaba.
Então, sejamos realistas, por mais doloroso que seja. O fim faz parte!
Basta apenas tentarmo-nos habituar com o fim do para sempre.
Meu desejo é que o fim venha para os dois, para ambas as partes.
Que a sensação da chegada do fim, ocupe não só a mim, mas também ao outro.
Assim sofreremos menos, bem menos!

(lembrando que esse texto foi revisado, corrigido,por Salomão Amazonas)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Texto

Recebi este texto incrível de um amigo, André Mont’Alverne, que informou ter o achado por acaso, um texto anônimo, por mais que eu e ele (o André) não saibamos o nome do autor, posso afirma com todas as letras, este é um texto muito bem criado, que passa uma mensagem simples e realista. O autor é brilhante, escreve magicamente bem!
Resolvi então expor este texto aqui no meu blog, e confesso, este defeito que tenho de querer sempre dá palpite em tudo, confesso sim! Fiz algumas alterações no texto, mas nada de tão grandioso.
Espero que vocês compreendam o porquê da minha grande admiração por este texto. (Valeu André por ter me concedido a oportunidade de ler esta mensagem!):

“Às vezes é preciso aprender a perder.
A ouvir e não responder, a falar sem nada dizer.
A esconder o que mais queremos mostra.
A dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar.
Às vezes é preciso esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as idéias.
A dizer tudo o que se tem a dizer, para não ter medo de dizer ‘não’.
Às vezes é preciso partir antes do tempo...
Dizer aquilo que mais se quer dizer,
Arrumar a cabeça,
Limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto!
Acreditar que esse futuro já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade.
Pensar que o tempo está a nosso favor...
Que a vontade de mudar é sempre mais forte.
É preciso aprender que tudo tem o seu tempo e que esse tempo tem sempre um fim.
Às vezes mais vale desistir que insistir,
Esquecer do que querer...
Arrumar do que cultivar.
Às vezes é preciso mudar o que não tem solução!
Deixar tudo abaixo para voltar a construir do zero.
Bater com a porta,
Apanhar o último comboio sem olhar para trás,
Esquecer a voz,
O cheiro,
As mãos e a cor da pele!
Apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo.
Por que às vezes é preciso saber renunciar.
Não aceitar,
Não pedir nem dar,
Sair pela porta da frente sem a fechar,
E partir para outro mundo,
Para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar...”

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vamos lá


Então vamos lá...
Ser feliz, ser amada, ser abençoada!
Então vamos lá...
Ter sucesso, ter mais coragem, ter mais sorte!
Então vamos lá...
Quem quiser me seguir fique à vontade, o que desejo para mim também desejo a todos.
Não quero nem de longe ser mesquinha, afinal o que estou indo buscar é demais só para mim, dá sim para repartir e ainda sobra.
Então vamos lá, em busca de um amor desses de filme romântico, em busca de grandes conquistas, de grandes realizações.
Quem quiser me seguir, fique à vontade, achei o rumo certo da felicidade, seria muito egoísta da minha parte guardar só para mim!
Então vamos lá...
Ser feliz, ser amada, ser realizada.
As tristezas, os dias de solidão, as angústias, foram todos embora com um tal 2010.
Então vamos lá, vamos, estou com pressa, estou com pressa de ser feliz!
Tem um amor esperando por mim para ser amado.
Tem uma riqueza esperando por mim para ser administrada.
Tem um diploma esperando por minha mão para ser balançado.
Então vamos lá....
Vamos lá ser feliz!!!!!!!!!!!


Ludiane Alves
2011 (este texto foi revisto, corrigido por Salomão, um amigo do Amazonas, desses amigos que a gente ganhar por acaso e acaba querendo para sempre)