... e mesmo sem ter o dom da escrita, atrevo-me a tal.

...e como são lindas as letras, as pontuações, as frases, os versos. Amo essa leve magia, que chama-se escrever!

domingo, 29 de maio de 2011

Não a não existência


Qualquer sentimento por mais passageiro que seja
Sempre nos afeta.
Afeta nosso dia-a-dia,
Nossa fé,
Nosso modo de vê a vida,
Nossa maneira de prosseguir.

Há os bons sentimentos,
Os maus.
Há os impuros,
Os afrodisíacos,
Os impiedosos,
Os cruéis.
São tantos.

Um dos sentimentos que incomoda bastante é a inveja.
Sentir inveja de alguém é horrível!
Mesmo que eu propriamente não queria sentir,
Sinto!
Quando me dou conta
A inveja está ali,
Inundando meu coração.
Inveja, inveja.
A inveja é um terror,
Tira a paz,
O sossego,
Até o sono.
A inveja é um mal tanto para quem sente
Quanto para quem é invejado.
Porque a inveja é um sentimento maléfico,
Tem o poder de secar as boas energias,
De apagar o brilhantismo dos acontecimentos.

O ódio é um sentimento cruel,
Corre a alma,
Invade os poros da face,
Perturba os pensamentos,
Massacra o coração.
É como se você estivesse sendo submetido a uma forte falta de ar,
Sufocado,
Engasgado.
É como se seu coração fosse explodir de tanta opressão interna.
O ódio é como um produto químico que desintegra uma superfície.
É um veneno que você toma
E deseja que o outro morra,
Quando se dá conta,
O veneno esta ali destruindo você lentamente,
Cruelmente,
Sem dó nem piedade.
Sentir ódio é inevitável,
Mas, cultivá-lo
É suicídio da alma e do espírito!

A tristeza,
Essa sim é um sentimento puramente egoísta.
É como se ela fosse um buraco sem fundo no seu coração,
Por mais que você tente enche-lo de comida,
De bebida,
De festas,
De dinheiro,
De vários bens matérias,
Ela continua ali,
Situada bem no centro do coração,
Emitindo suas ondas sonoras a todas as partículas do seu corpo,
Fazendo você se sentir doente da alma.
A Tristeza é egoísta por natureza,
Quer que você dedique todo o seu tempo
Toda a sua vida a cultivá-la.
Ela é má,
Mas, é um sentimento que faz mal somente a quem senti.
Quem não sabe o que é tristeza,
Não compreende um coração triste!

Tristeza,
Ódio,
Inveja,
Solidão,
Raiva,
Angústia,
Dúvida.
Todos esses sentimentos tão humanos,
Tão perversos,
Tão perniciosos,
Nada se comparam a um sentimento lastimado
Chamado insignificante.

Se sentir insignificante
É como se sentir a merdinha que o gato enterra.
Ele a enterra porque para nada serve a sua existência,
E talvez porque ele sente vergonha dela.
Ser insignificante é como estar morto aos olhos dos outros.
É como não existir, existindo.
Ser, como se não fosse.
Está presente, como se não estivesse.
Falar, e não se ouvindo.
Chorar e não ser consolado.
Viver e não ter importância para ninguém.
Está vivo, mas como se estivesse morto.

Ser insignificante é como...
Sabe aquele ditado; “não vede nem cheira”?
É assim!
Insignificante é ser insignificante.
Meu Deus...
Ser insignificante é um castigo,
Uma maldição,
Ou uma punição?
Insignificante:
Medíocre,
Sem valor,
Sem importância,
Rele.
Eis ai um sentimento que não deveria existir,
Não deveria invadir o ser humano!
O ódio, serve para demonstrar que há no mundo pessoa capaz de tirar você do serio.
A inveja, serve para demonstrar que há no mundo pessoa que têm alguma coisa que você acha interessante.
A tristeza, serve como um estimulante aos poetas,
Aos compositores,
Aos amantes.
É estando triste, que o poeta escreve seus mais belos poemas.
É estando triste, que o compositor compõe suas mais envolventes canções de amor.
Mas, e o sentimento de insignificância para que serve?
Realmente não consigo acha um significado!
Este é um sentimento sem fundamento,
Nada tem a ensinar,
Nada tem a contribuir,
Nada tem acrescentar,
Nada de nada.
Quer referir alguém para vale?
Faça dele uma pessoa insignificante!

Mas lembre-se...
Este é um sentimento muito perigoso,
Ao manuseá-lo
Pode ocorre de você também se ferir.

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