... e mesmo sem ter o dom da escrita, atrevo-me a tal.

...e como são lindas as letras, as pontuações, as frases, os versos. Amo essa leve magia, que chama-se escrever!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Ato


Uma mão a desalinhar os cabelos...
A língua a invadir a outra boca sem cerimônia.
E as mãos, sem esquecer-se da força certa, vão descendo o corpo.
Nessa hora o toque leve de nada serve,
Leveza não se encaixa aos os que praticam esse ato.

Os seios são acariciados,
Leves mordidinhas lhe são dadas...
E um corpo vai respondendo aos estímulos provocados pelo outro corpo.
Os movimentos,
Uma dança a dois,
Um vai e vem às vezes rápido, outras devagarzinho,
É acompanhado de olhares marcantes,
De beijos sufocantes,
De mordidas,
Para deixar o ritual completo.

São pegadas fortes.
São suspiros profundos.
Um encaixe é prazeroso.
Um deslizar explicito...
É o resultado da excitação de dois corpos!

O ato é cansativo,
Exige disposição,
Vontade,
Sanidade.
E sim, desejo,
uito desejo,
Às vezes amor (os que têm sorte),
Às vezes só atração,
Ou somente vontade.
Uns discretos,
Outros, uma cena digna de gritos e aplausos.

Está no ato é deixa-se pertence a ele.
É entregar-se por inteiro,
É delicia-se,
E gozar dos prazeres ocultos da carne.

O ato não é explicado,
É sentindo.
Não deve ser planejado,
Deve ser provocado!
Todo dia é bom...
O dia todo é só para os iniciantes,
Ou quem sabe, aos insaciáveis.
Ato... O bom mesmo é poder sempre praticá-lo!


Ludiane Alves

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