Sou temperada com
Um suave veneno
Misturada com a doçura da sensatez
E com o azedo da loucura.
Sou apenas um ser mau
Com um coração bom
Que vaga sozinha
Com os olhos sem cor
E com uma alma sombria.
Eu não sou ninguém tão importante
Sou apenas um ser perdido
Que sem perceber
Tornou-se corrompido.
Sou a loucura
Nua e crua.
A interrogação
De quem me procura.
Nada do que há em mim, é certo,
Mas, fui moldada em um tom discreto
E nada do que há em mim
Pode ser descoberto
Pois meu coração é um deserto.
Sou má,
Mas, sou alguém
Que por descuido
Aprendeu a amar...
Ludiane Alves